sábado, 26 de julho de 2025

FESTA DO SENHOR BOM JESUS 2025, PADROEIRO DA MISSÃO LUX ET PAX – Louvores ao Senhor Bom Jesus – Tema: Senhor Bom Jesus, rosto da esperança.

Festa em Louvor ao Senhor Bom Jesus - Padroeiro-Mor da Obra Missionária Lux et Pax
Tema: Senhor Bom Jesus, rosto da Esperança.
"Louvores ao Senhor Bom Jesus"


    Estamos vivendo o Ano Jubilar, que celebra os 2025 anos do nascimento de Jesus, trata-se do Ano da Esperança, com o tema: Peregrinos da Esperança. Neste ano de bênçãos e indulgências a Novena e a Festa do Senhor Bom Jesus, em comunhão com toda a Igreja, tem como tema: Senhor Bom Jesus, rosto de esperança. O Senhor Bom Jesus é o Padroeiro da Obra Missionária Lux et Pax. Ele é toda a fonte do nosso carisma e espiritualidade. A mensagem de nossa Evangelização é basicamente: o Senhor Bom Jesus. Sua Mãe, Maria Santíssima, é venerada em nosso Carisma com o título de Nossa Senhora dos Prazeres, Mãe da Luz e da Paz, ela é a Mãe do Senhor Bom Jesus. Para darmos inicio a esta nossa reflexão e compreendermos o aspecto principal da devoção ao Senhor Bom Jesus no Carisma da Missão Lux et Pax, vamos ler o Evangelho de João 19,1-5:

Pilatos mandou então flagelar Jesus.

Os soldados teceram de espinhos uma coroa e puseram-lha sobre a cabeça e cobriram-no com um manto de púrpura.

Aproximavam-se dele e diziam: “Salve, rei dos judeus!”. E davam-lhe bofetadas.

Pilatos saiu outra vez e disse-lhes: “Eis que vo-lo trago fora, para que saibais que não acho nele nenhum motivo de acusação”.

Apareceu então Jesus, trazendo a coroa de espinhos e o manto de púrpura. Pilatos disse: “Eis o homem!”.[1]

REZE A NOVENA DO SENHOR BOM JESUS 2025


Da religiosidade popular, da cultura e do folclore, emerge um sonho: a Obra Missionária Lux et Pax.


    As manifestações do povo — festas, procissões, devoções particulares, músicas — constituem a base para os Missionários Lux et Pax evangelizar e catequizar. Trata-se, portanto, de um imenso e rico tesouro da fé popular, reconhecido inclusive pelo Catecismoda Igreja Católica como expressão legítima da vida cristã: Fora da liturgia dos sacramentos e dos sacramentais, a catequese deve ter em consideração as formas de piedade dos fiéis e a religiosidade popular. O sentimento religioso do povo cristão desde sempre encontrou a sua expressão em variadas formas de piedade, que rodeiam a vida sacramental da Igreja, tais como a veneração das relíquias, as visitas aos santuários, as peregrinações, as procissões, a via-sacra, as danças religiosas, o rosário, as medalhas, etc.” (Catecismo da Igreja Católica, parágrafo 1674) [2]

    Para compreender melhor o carisma e a espiritualidade da Missão Lux et Pax, é necessário retornar a um aspecto histórico fundamental: foi durante uma Festa do Senhor Bom Jesus de Pirapora que se delineou o nosso modo de ser e agir missionário. Mais tarde, essa compreensão foi aprofundada diante da imagem do Senhor Bom Jesus de Iguape.


Evangelho de São João 19,1-5 
Imagem criada com tecnologia IA

    O povo cristão é um povo de fé, que chora, vibra, louva, agradece, se sacrifica e busca. Nessa vivência popular, reconhecemos um verdadeiro celeiro de evangelização — um instrumento dinâmico e pedagógico que nos impulsiona a anunciar o Evangelho da Boa Nova da Salvação a todos os homens.

    Ao contemplarmos a imagem sagrada do Senhor Bom Jesus de Iguape, algo nos toca profundamente: o olhar de bondade com que Ele nos olha. Suas mãos, atadas com cordas, são as mesmas que tanto bem realizaram. Seu corpo está ferido, machucado, sangrando. Todo o sofrimento de sua Paixão é expressão de compaixão, misericórdia e amor por cada um de nós.

Ele traz no alto da cabeça uma coroa de espinhos e veste um manto vermelho — sinal de sua realeza. Mas é uma realeza diferente: Ele é o Rei dos Reis, um rei justo e humilde, cujo trono é a Santa Cruz.

O Magistério da Igreja, os Santos Padres e os grandes santos nos deixaram valiosos ensinamentos sobre a Paixão de Nosso Senhor Jesus Cristo.

    Diz Santa Terezinha do Menino Jesus e da Sagrada Face, uma das nossas Santas Intercessoras, sobre a Paixão de Jesus: O canto do sofrimento unido aos Seus sofrimentos é aquilo que mais cativa o Seu coração. Jesus arde de amor por nós… Olha a Sua face adorável… Olha os Seus olhos apagados e baixos… Olha essas chagas… Olha a Face de Jesus… Ali verás como nos ama”.[3]

    Na imagem do nosso querido Padroeiro, o Senhor Bom Jesus, contemplamos esse mistério de dor e amor. Ao nos unirmos à sua Paixão, somos convidados a nos tornar missionários da bondade e da misericórdia, procurando fazer sempre o bem àqueles que se aproximam de nós.

    Quem desejar compreender o que é a Missão Lux et Pax, basta olhar para a imagem do Senhor Bom Jesus. Nela se encontra a síntese e o coração desta Obra, profundamente inserida no seio da Igreja e comprometida com o anúncio do Evangelho no mundo.


O Senhor Bom Jesus - Ecce Homo - Padroeiro-Mor da Missão Lux et Pax
Imagem criada com tecnologia IA
 

    Nossa Senhora dos Prazeres, Mãe da Luz e da Paz, é co-padroeira da Missão Lux et Pax.

    Seu título nos recorda que ela é a Senhora das Alegrias. Ao contemplarmos Maria em seu papel na história da salvação — como, por exemplo, no comovente encontro com o Bom Jesus no caminho do Calvário — aprendemos com ela a sermos portadores de amor, consolo e esperança para todos os nossos irmãos sofredores, levando-lhes um pouco de alívio e verdadeira alegria.

    As festas religiosas, marcadas pela fé e pela tradição do povo, são momentos de renovação espiritual, de consolo e de júbilo. Que a Festa do Senhor Bom Jesus seja para nós um forte apelo à evangelização e uma oportunidade para renovar nosso compromisso como cristãos: ser luz do mundo!

REZE A NOVENA DO SENHOR BOM JESUS 2025

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[1] BÍBLIA. Bíblia Sagrada Ave-Maria. Tradução Portuguesa da versão francesa, traduzidos pelos Monges Beneditinos de Maredsous (Bélgica). São Paulo: Editora Ave-Maria, 2007.

[2] CATECISMO DA IGREJA CATÓLICA. Edição típica vaticana. 5ª ed. São Paulo: Loyola, 2022.

[3] O QUE OS SANTOS disseram sobre a Paixão de Jesus?. Ateléia. 29 mar. 2018. Espiritualidade. Disponível em: https://pt.aleteia.org/2018/03/29/o-que-os-santos-disseram-sobre-a-paixao-de-jesus/. Acessado em 25 de julho de 2025.

terça-feira, 22 de julho de 2025

CINCO BOAS RAZÕES PARA REZAR O TERÇO DA DIVINA MISERICÓRDIA

O Sistema Informativo da Arquidiocese do México (SIAME) publicou em 2017 um artigo no qual propõe cinco boas razões para rezar o terço da Divina Misericórdia pelas intenções pessoais, saúde de um enfermo, um moribundo ou pelo que cada pessoa tenha em seu coração. O artigo foi escrito por Alejandra María Sosa Elízaga e apresenta…

O Sistema Informativo da Arquidiocese do México (SIAME) publicou em 2017 um artigo no qual propõe cinco boas razões para rezar o terço da Divina Misericórdia pelas intenções pessoais, saúde de um enfermo, um moribundo ou pelo que cada pessoa tenha em seu coração.

O artigo foi escrito por Alejandra María Sosa Elízaga e apresenta as seguintes razões:

1. Jesus pede

Jesus apareceu a santa Faustina Kowalska, religiosa polonesa (1905-1938) e lhe pediu para divulgar a misericórdia divina através de três meios:

a) A imagem com a inscrição “Jesus, eu confio em Vós”.

Jesus disse: “Prometo que a alma que venerar esta Imagem não perecerá” (Diário de Santa Faustina, 48).

b) A festa da Divina Misericórdia, o segundo domingo da Páscoa (neste ano, 7 de abril).

Jesus disse: “Desejo que a Festa da Misericórdia seja refúgio e abrigo para todas as almas, especialmente para os pecadores (…). A alma que se confessar e comungar alcançará o perdão das culpas e das penas” (Diário, 699).

c) A oração que ele ditou: “O Terço da Divina Misericórdia”.

2. São obtidas graças extraordinárias

Jesus disse: “Oh, que grandes graças concederei às almas que recitarem esse Terço; as entranhas de Minha misericórdia se enternecem por quem reza este Terço” (Diário, 848).

Afirmou: “Ainda que o pecador seja o mais endurecido, se recitar este Terço uma só vez, alcançará a graça da Minha infinita misericórdia… desejo conceder graças inimagináveis às almas que confiam em Minha misericórdia” (Diário, 687).

Prometeu: “Defendo toda alma que recitar esse terço na hora da morte, como se fosse a Minha própria glória, ou quando outros o recitarem junto a um agonizante, eles conseguem a mesma indulgência” (Diário, 811).

3. O papa Francisco recomenda

No segundo domingo da Quaresma de 2016, o papa Francisco mandou distribuir entre os fiéis na Praça de São Pedro “caixinhas de Misericórdia”, “remédio para o mundo de hoje”, que continham a imagem do Senhor da Divina Misericórdia, a explicação do terço da Divina Misericórdia e um terço para rezar.

Em sua bula Misericordiae Vultus, o papa chama santa Faustina de “grande apóstola da Misericórdia” e pede sua intercessão.

4. É muito fácil de rezar

Jesus ensinou assim a santa Faustina: Reza-se “por meio do Terço do Rosário da seguinte maneira: Primeiro dirás o ‘Pai Nosso’, a ‘Ave Maria’ e o ‘Credo’. Depois, nas contas de ‘Pai Nosso’, dirás as seguintes palavras: ‘Eterno Pai, eu Vos ofereço o Corpo e Sangue, Alma e Divindade de Vosso diletíssimo Filho, Nosso Senhor Jesus Cristo, em expiação dos nossos pecados e do mundo inteiro’. Nas contas de ‘Ave Maria’ rezarás as seguintes palavras: ‘Pela Sua dolorosa Paixão, tende misericórdia de nós e do mundo inteiro’. No fim, rezarás três vezes estas palavras: ‘Deus Santo, Deus Forte, Deus Imortal, tende piedade de nós e do mundo inteiro’” (Diário, 476).

5. Só demora cinco minutos

Em um retiro com um grupo de seminaristas, Sosa Elízaga convidou para rezar em grupo o Terço às 15h, dizendo: “Só demora cinco minutos”. Ao terminar, um deles comentou: “Verifiquei com meu relógio e, efetivamente, são cinco minutos”.

Fonte: Vatican News

sexta-feira, 22 de maio de 2020

Pentecostes: uma vida sob a ação do Espírito Santo

O Pai ama por meio do Filho (cf. Jo 10,17) e derrama o Seu Espírito, o Defensor, para que permaneça com os Seus (cf. Jo 14,16), ou seja, é um dom de Deus para toda a humanidade. Desde os primórdios, os padres da Igreja ensinam que esta nasceu no Espírito Santo doado por Cristo no alto da cruz, e também no cenáculo em Pentecostes. O Pentecostes, narrado no livro dos Atos dos Apóstolos, capítulo 2, é o mais famoso relato sobre Sua vinda, porém, houve outros Pentecostes (Atos 4,31; 8,16-17; 11,44-48).
A Igreja nasceu no Espírito. Ela é movida, sustentada, guiada por Ele. Enfim, sem o Espírito Santo fica difícil pensar em Igreja, assim também nos membros dela. Nós não podemos e não conseguiremos viver sem o sopro do Espírito.

Imagem da Internet

O Espírito Santo é invocado nos sacramentos

Como é maravilhoso perceber que, nas fases da vida cristã, recebemos essa força do Senhor! No batismo, somos batizados em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo. Quando somos perdoados no sacramento da penitência, somos perdoados pelo Espírito enviado do Pai e do Filho, e assim todos os sacramentos são realizados pela ação do Espírito.
Quando falamos da vida segundo o Espírito, não devemos imaginar uma vida fora da realidade, desvinculada de si mesma; aliás, a vida humana é composta pela realidade física, biológica, psíquica e espiritual. Nenhuma deve ser descartada, pois o ser humano é um todo. Devemos ter bem claro isso: somos um conjunto, mas precisamos reconhecer que, quando a vida espiritual vai mal, as outras realidades acabam indo mal; e quando se vive uma espiritualidade sadia, consegue-se superar o males físicos, biológicos e psíquicos. Quando há saúde espiritual, os males em outras áreas podem não ser sanados, mas superados pela força do Espírito. O mal físico e a violência podem nos impedir de caminhar alguns metros e nos limitar, enquanto o Espírito nos leva a distâncias longínquas, porque n’Ele somos livres.

A vida no Espírito

Hoje, sem dúvida, temos de valorizar a vida espiritual, uma vida segundo o Espírito de Deus. Em nosso tempo, uma das grandes dificuldades que as pessoas vivem é uma vida sem sabor, sem sentido, uma vida de erros, à qual chamamos de pecado. Uma vida sem o auxílio do Alto é fadada ao fracasso, susceptível às doenças psíquicas e físicas. Quantas pessoas doentes no espírito, quantas pessoas perdidas! Quantas pessoas vão à igreja, mas, desanimadas, não conseguem se levantar ou possuem dificuldades para fazer isso?
Tanto para as pessoas que estão na igreja quanto para as que não estão fica o convite: precisamos ter uma vida no Espírito, para que todos sejamos saudáveis, fortes, esperançosos, para que não desanimemos frente às limitações humanas e aos poderes do mal.
Essa vida segundo o Espírito é vivida sob a orientação de Deus, sob a moção divina. Mas como a conseguir? É possível, por meio de uma vida de oração, ter contato com Deus, onde o Espírito Santo é o que nos impulsiona, é o que nos esclarece e ordena, é Aquele que nos faz perseverar e entender as situações. E mesmo que não as entendamos, Ele nos dá esperança, sentido a nossa vida. Os dons do Espírito nos ajudam no dia a dia.

O auxílio dos dons do Espírito Santo

Nós devemos buscar uma vida em Deus não só nos momentos difíceis, pois todo o tempo estamos sendo testados. Somos chamados, a cada momento, a dar uma resposta coerente, segundo o Cristo. Graças a Deus, existe um caminho que podemos percorrer para não nos perdermos: a Igreja Católica Apostólica Romana, pois esta já fez e faz um caminho sob a orientação do Espírito Santo.
Jesus, como narra e evangelista João, soprou sobre os discípulos o Espírito Santo (Jo 20,22). O Paráclito não foi derramado sobre um, mas sobre todos os discípulos, sobre a primeira comunidade reunida, a Igreja. Assim, eles se tornam apóstolos, e, encorajados pelo Sopro Divino, anunciam, com ousadia, o Cristo Ressuscitado. Quando surgiam os problemas e as dúvidas, os apóstolos podiam contar uns com os outros. Pedro até poderia, como o primeiro, decidir, mas tomava a decisão junto com os apóstolos. Um exemplo é a eleição dos diáconos (Atos 6,1-6). Já no capítulo 15 de Atos, Paulo e Barnabé, em Antioquia, encontraram dificuldades com alguns cristãos judeus e foram tratar do assunto em Jerusalém. Esse é o primeiro concílio da Igreja.

Movidos pelo Espírito Santo

A Igreja é mãe e mestra, afinal, são “apenas” dois mil anos de experiência, de acertos e erros. Nós aprendemos e somos educados por ela. Quando digo que vivemos movidos pelo Espírito, digo que somos movidos pelas orientações da Igreja. O Espírito nos orienta quando nos colocamos em oração, quando temos sensibilidade para realizar algo, principalmente quando tudo isso está dentro daquilo que a Igreja aprova e nos orienta.
Por fim, uma vida segundo o Espírito é uma vida no Espírito Santo, seguindo Suas orientações numa comunhão com a Igreja, a qual nos leva a discernir entre o certo e o errado, ajuda-nos a fazer a vontade de Deus e nos orienta em todos os momentos da nossa vida, principalmente quando nos impulsiona a viver a caridade. A vida segundo o Espírito nos faz pessoas melhores não para nós mesmos, não para nos sentirmos bem, mas ela nos leva ao necessitado, faz com que nos desprendamos das coisas terrenas, livres para servir aos outros e amá-los.
Deus seja louvado!

Acesse também o Facebook da Obra Missionária Lux et Pax, lá todos os Dias Novena de Pentecostes.

Fonte: Canção Nova https://formacao.cancaonova.com/liturgia/tempo-liturgico/pentecostes/pentecostes-uma-vida-sob-a-acao-do-espirito-santo/, consultado em 22 de maio de 2020, as 16:30.


segunda-feira, 21 de outubro de 2019

A força do Rosário no processo de cura e libertação

O PODER DA ORAÇÃO: REZE O TERÇO

A força do Rosário no processo de cura e libertação
Texto de Danilo Gesualdo, Missionário Canção Nova.

A oração do Santo Rosário nos protege e nos dá força

Não tenho duvidas em afirmar que depois da Eucaristia, o meio mais eficaz para combater ao demônio, as suas tentações, e desterrar os seus planos perversos, é a Oração do Santo Rosário!

Imagem retirada da Internet

E por que o Santo Rosário tem uma força tão eficaz e poderosa contra o demônio?
Por que rezar o santo terço?
Primeiro, porque quando rezamos o Santo Rosário (ou o terço), nós estamos meditando na vida, a paixão, morte e ressurreição de Nosso Senhor Jesus Cristo e, é nesse  contemplar, recordar e rezar, que encontramos a força do Rosário!
Segundo, porque depois nós estamos recorrendo a Santíssima Virgem Maria, Mãe de Deus e nossa Mãe! E o fato de recorrermos à ela como mediadora das graças, e das necessidades que trazemos, provoca uma grande ira ao demônio e, também, revela sua grande impotência e medo diante da Virgem Maria!
Portanto, a oração do rosário nos leva a caminhar, e nos coloca dentro do próprio Evangelho, revelando a centralidade de Cristo! Nos coloca ao lado Daquela que o demônio jamais conseguiu manchar com o pecado, pois ela é a Imaculada Conceição, nos coloca debaixo da proteção Daquela que carrega sobre si o princípio Eterno de Deus que diz: “Porei ódio entre ti e a mulher, entre a tua descendência e a dela. Esta te ferirá a cabeça, e tu ferirás o calcanhar.” (Gn 3, 16).

O poder do rosário

O demônio não suporta a Virgem Maria, e tem mostrado isso diante de tantos relatos, que podemos testemunhar em nossos atendimentos de oração. O padre Gabriele Amorth, que foi um dos maiores exorcistas do nosso século, nos conta a seguinte história: “uma vez perguntei a satanás durante um exorcismo: ‘mas por que te assustas mais quando invoco a Nossa Senhora do que quando invoco a Jesus Cristo? ’
Respondeu: ‘porque me humilha mais ser derrotado por uma criatura humana, do que ser derrotado por Ele’”.
E ainda em um outro exorcismo, satanás disse através do possuído: “cada Ave-Maria do rosário é para mim um golpe na cabeça. Se os cristãos conhecessem o poder do Rosário, seria o meu fim”.
Um outro renomado exorcista, padre Francesco Bamonte, nos conta experiências reveladoras sobre a força do rosário e da Virgem Maria sobre o demônio: “na minha experiência de exorcista, notei que nenhuma oração extra-litúrgica é tão odiada, temida e hostilizada pelo demônio como o Santo Rosário. Um dia, enquanto eu pegava o terço para iniciar o ritual do exorcismo sobre uma possessa, o demônio exclamou:
– ‘É uma coisa que não suporto, não suporto! Aquele estúpido velho apelidara-a bem, tinha-lhe dado o nome certo: chamava-lhe “arma”, porque é uma verdadeira arma. Uma verdadeira arma contra nós’.
– Eu disse: ‘Em nome de Jesus, quem é o estúpido velho a que te referes?’
– ‘E ele: “Pio”
– ‘Padre Pio de Pietrelcina?’
– ‘Sim!’
– Então, eu rebati: ‘Não é um estúpido: é inteligente, sábio e devoto.’
– E ele: ‘Para nós é um estúpido. Ainda agora, aquele estúpido trabalha ao lado do Nazareno e Daquela Mulher que está lá em cima.’
– ‘Como se chama aquela mulher que está lá em cima?’
– ‘Chama-se como esta (e dirige um palavrão à pessoa possessa que se chamava Maria).’’
Padre Francesco Bamonte, também descreveu diversas frases que o demônio revelou durante os exorcismos, na qual destaco três:
“Cada conta desse terço, com que vós rezais, é para nós uma chicotada, queima-nos.”
“Quem se agarra a esta (e procurou arrancar o terço que eu tinha posto ao pescoço da pessoa possessa), nunca se perderá.”
“Quando contemplais os mistérios daquele terço, fico doente. São bastonadas! Arranca de mim muitas, muitas almas. Porque é Sua. Porque é Daquela.”

Os santos rezam diariamente o rosário

E diversos são os santos que tiveram experiências pela força da oração do rosário:
São João Maria Vianney dizia: “Com esta arma, afastei muitas almas do diabo.”
Santo Antonio Maria Claret: “Felizes as pessoas que rezam bem o Santo Rosário, porque Maria Santíssima lhes obterá graças na vida, graças na hora da morte e glória no Céu”.
Santa Teresinha do Menino Jesus: “Enquanto o Rosário for rezado, Deus não poderá abandonar o mundo, pois essa oração é poderosa em Seu coração”.
São Miguel Febres: “Um cristão sem Rosário é um soldado sem armas”.
Grandes ensinamentos, também, podemos aprender sobre a Virgem Maria e o Santo Rosário, através da Irmã Lucia, uma das crianças para qual a Virgem Maria apareceu em Fátima.
Assim irmã Lucia nos ensinou sobre o Rosário:
“Não há problema por mais difícil que seja: seja temporário e, sobretudo, espiritual; seja referente à vida pessoal de cada um de nós ou à vida de nossas famílias, do mundo ou comunidades religiosas, ou à vida dos povos e nações; não há problema, repito, por mais difícil que seja, que não possamos resolver agora com a oração do Santo Rosário (…). Por isso, o demônio fará todo o possível para nos distrair dessa devoção; nos colocará uma multidão de pretextos: cansaço, ocupações etc., para que não rezemos o Santo Rosário (…).
“O Rosário é a arma de combate das batalhas espirituais dos últimos tempos”.
O rosário e a cura e libertação
É por isso, meus irmãos, que eu não preciso dizer absolutamente mais nada sobre a força do Rosário e sua eficácia, quando falamos de processos de cura e libertação. É certamente a oração mais recomendada a ser praticada depois da Santa Missa!
Digo mais: para uma pessoa que vive algum tipo de influência diabólica, seja ela qual for; se a mesma participar fielmente e em estado de graça (sem pecados mortais) da missa diariamente, e rezar com fé e devoção o Santo Rosário diariamente, ela obterá a sua libertação definitiva muito rapidamente!
É isso que, em geral, recomendo às pessoas que acompanho, e tenho visto a eficácia e a força libertadora do Senhor agindo sobre essas pessoas!
Faça a experiência da oração do rosário diante das suas dificuldades, e depois conte-me as graças que alcançou.
Deus abençoe você!

Fonte: Canção Nova, em https://formacao.cancaonova.com/espiritualidade/cura-e-libertacao/forca-rosario-no-processo-de-cura-e-libertacao/, acesso em 21 de outubro, as 18h18.

sábado, 13 de abril de 2019

A Semana Maior, também chamada de Semana Santa: símbolos e significado

A Igreja propõe aos cristãos os sagrados mistérios da Paixão, Morte e Ressurreição do Filho de Deus, tornado Homem, para no martírio da Cruze na vitória sobre a morte, oferecer a todos os homens a graça da salvação.
7 abril 2019
Imagem: Os Símbolos da Semana Santa, Fonte: Internet.

Domingo de Ramos

O Domingo de Ramos dá início à Semana Santa e lembra a entrada triunfal de Jesus em Jerusalém, aclamado pelos judeus. A Igreja recorda os louvores da multidão cobrindo os caminhos para a passagem de Jesus, com ramos e matos proclamando: “Hosana ao Filho de Davi. Bendito o que vem em nome do Senhor”. (Lc 19, 38; Mt 21, 9). Com esse gesto, portando ramos durante a procissão, os cristãos de hoje manifestam sua fé em Jesus como Rei e Senhor.

Quinta-feira Santa

Celebramos a Instituição do Sacramento da Eucaristia. Jesus, desejoso de deixar aos homens um sinal da sua presença antes de morrer, instituiu a Eucaristia. Na Quinta-feira Santa, destacamos dois grandes acontecimentos:

Bênção dos Santos Óleos

Não se sabe com precisão, como e quando teve início a bênção conjunta dos três óleos litúrgicos. Fora de Roma, esta bênção acontecia em outros dias, como no Domingo de Ramos ou no Sábado de Aleluia. O motivo de se fixar tal celebração na Quinta-feira Santa deve-se ao fato de ser este último dia em que se celebra a missa antes da Vigília Pascal. São abençoados os seguintes óleos:

Óleo do Crisma

Uma mistura de óleo e bálsamo, significando a plenitude do Espírito Santo, revelando que o cristão deve irradiar “o bom perfume de Cristo”. É usado no sacramento da Confirmação (Crisma),quando o cristão é confirmado na graça e no dom do Espírito Santo, para viver como adulto na fé. Este óleo é usado também no sacramento para ungir os “escolhidos” que irão trabalhar no anúncio da Palavra de Deus, conduzindo o povo e santificando-o no ministério dos sacramentos. A cor que representa esse óleo é o branco ouro.

Óleo dos Catecúmenos

Catecúmenos são os que se preparam para receber o Batismo, sejam adultos ou crianças, antes do rito da água. Este óleo significa a libertação do mal, a força de Deus que penetra no catecúmeno, o liberta e prepara para o nascimento pela água e pelo Espírito. Sua cor é vermelha.

Óleo dos Enfermos

É usado no sacramento dos enfermos, conhecido erroneamente como “extrema unção”. Este óleo significa a força do Espírito de Deus para a provação da doença, para o fortalecimento da pessoa para enfrentar a dor e, inclusive a morte, se for vontade de Deus. Sua cor é roxa.

Instituição da Eucaristia e Cerimônia do Lava-pés

Com a Missa da Ceia do Senhor, celebrada na tarde de quinta-feira, a Igreja dá início ao chamado Tríduo Pascal e comemora a Última Ceia, na qual Jesus Cristo, na noite em que vai ser entregue, ofereceu a Deus Pai o seu Corpo e Sangue sob as espécies do Pão e do Vinho, e os entregou para os Apóstolos para que os tomassem, mandando-lhes também oferecer aos seus sucessores. Nesta missa faz-se, portanto, a memória da instituição da Eucaristia e do Sacerdócio. Durante a missa ocorre a cerimônia do Lava-Pés que lembra o gesto de Jesus na Última Ceia, quando lavou os pés dos seus apóstolos.

O sermão desta missa é conhecido como sermão do Mandato ou do Novo Mandamento e fala sobre a caridade ensinada e recomendada por Jesus Cristo. No final da Missa, faz-se a chamada Procissão do Translado do Santíssimo Sacramento ao altar-mor da igreja para uma capela, onde se tem o costume de fazer a adoração do Santíssimo durante toda a noite.

Sexta-feira Santa

Celebra-se a paixão e morte de Jesus Cristo. O silêncio, o jejum e a oração devem marcar este dia que, ao contrário do que muitos pensam, não deve ser vivido em clima de luto, mas de profundo respeito diante da morte do Senhor que, morrendo, foi vitorioso e trouxe a salvação para todos, ressurgindo para a vida eterna. Às 15 horas, horário em que Jesus foi morto, é celebrada a principal cerimônia do dia: a Paixão do Senhor. Ela consta de três partes: liturgia da Palavra, adoração da cruz e comunhão eucarística. Depois deste momento não há mais comunhão eucarística até que seja realizada a celebração da Páscoa, no Sábado Santo.

Sábado Santo

No Sábado Santo ou Sábado de Aleluia, a principal celebração é a “Vigília Pascal”.

Vigília Pascal

Inicia-se na noite do Sábado Santo em memória da noite santa da ressurreição gloriosa de Nosso Senhor Jesus Cristo. É a chamada “a mãe de todas as santas vigílias”, porque a Igreja mantém-se de vigília à espera da vitória do Senhor sobre a morte. Cinco elementos compõem a liturgia da Vigília Pascal: a bênção do fogo novo e do círio pascal; a proclamação da Páscoa, que é um canto de júbilo anunciando a Ressurreição do Senhor; a liturgia da Palavra, que é uma série de leituras sobre a história da Salvação; a renovação das promessas do Batismo e, por fim, a liturgia eucarística.

Domingo de Páscoa

A palavra “páscoa” vem do hebreu “Peseach” e significa “passagem”. Era vivamente comemorada pelos judeus do Antigo Testamento. A Páscoa que eles comemoram é a passagem do mar Vermelho, que ocorreu muitos anos antes de Cristo, quando Moisés conduziu o povo hebreu para fora do Egito, onde era escravo. Chegando às margens do Mar Vermelho, os judeus, perseguidos pelos exércitos do faraó teriam de atravessá-lo às pressas. Guiado por Deus, Moisés levantou seu bastão e as ondas se abriram, formando duas paredes de água, que ladeavam um corredor enxuto, por onde o povo passou.

Jesus também festejava a Páscoa. Foi o que Ele fez ao cear com seus discípulos. Condenado à morte na cruz e sepultado, ressuscitou três dias após, num domingo, logo depois da Páscoa judaica. A ressurreição de Jesus Cristo é o ponto central e mais importante da fé cristã. Através da sua ressurreição, Jesus prova que a morte não é o fim e que Ele é verdadeiramente o Filho de Deus. O temor dos discípulos em razão da morte de Jesus, na Sexta-feira, transforma-se em esperança e júbilo. É a partir deste momento que eles adquirem força para continuar anunciando a mensagem do Senhor. São celebradas missas festivas durante todo o domingo.

A data da Páscoa

A fixação das festas móveis decorre do cálculo que estabelece o Domingo da Páscoa de cada ano. A Páscoa deve ser celebrada no primeiro domingo após a primeira lua cheia que segue o equinócio da primavera, no Hemisfério Norte (21 de março). Se esse dia ocorrer depois do dia 21 de abril, a Páscoa será celebrada no domingo anterior. Se, porém, a lua cheia acontecer no dia 21 de março, sendo domingo, será celebrada dia 25 de abril.

A Páscoa não acontecerá nem antes de 22 de março, nem depois de 25 de abril. a Conhecendo-se a data da Páscoa, conheceremos a das outras festas móveis. Domingo de Carnaval – 49 dias antes da Páscoa. Quarta-feira de Cinzas – 46 dias antes da Páscoa. Domingo de Ramos – 7 dias antes da Páscoa. Domingo do Espírito Santo – 49 dias depois. Corpus Christi – 60 dias depois.

Símbolos da Páscoa

Cordeiro: O cordeiro era sacrificado no templo, no primeiro dia da páscoa, como memorial da libertação do Egito, na qual o sangue do cordeiro foi o sinal que livrou os seus primogênitos. Este cordeiro era degolado no templo. Os sacerdotes derramavam seu sangue junto ao altar e a carne era comida na ceia pascal. Aquele cordeiro prefigurava a Cristo, ao qual Paulo chama “nossa páscoa” (1Cor 5, 7).

João Batista, quando está junto ao Rio Jordão em companhia de alguns discípulos e vê Jesus passando, aponta-o em dois dias consecutivos dizendo: “Eis o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo” (Jo 1, 29e 36). Isaías o tinha visto também como cordeiro sacrificado por nossos pecados (Is 53, 7-12). Também o Apocalipse apresenta Cristo como cordeiro sacrificado, agora vivo e glorioso no céu. (Ap 5,6.12; 13, 8).

Pão e vinho: Na ceia do Senhor, Jesus escolheu o pão e o vinho para dar vazão ao seu amor. Representando o seu corpo e sangue, eles são dados aos seus discípulos para celebrar a vida eterna.

Cruz: A cruz mistifica todo o significado da Páscoa na ressurreição e também no sofrimento de Cristo. No Conselho de Nicéia, em 325 d.C., Constantino decretou a cruz como símbolo oficial do cristianismo. Símbolo da Páscoa, mas símbolo primordial da fé católica.

Círio Pascal: É uma grande vela que é acesa no fogo novo, no Sábado Santo, logo no início da celebração da Vigília Pascal. Assim como o fogo destrói as trevas, a luz que é Jesus Cristo afugenta toda a treva do erro, da morte, do pecado. É o símbolo de Jesus ressuscitado, a luz dos povos. Após a bênção do fogo acende-se, nele, o Círio. Faz-se a inscrição dos algarismos do ano em curso; depois cravam-se cinco grãos de incenso que lembram as cinco chagas de Jesus, e as letras “alfa” e ômega”, primeira e última letra do alfabeto grego, que significam o princípio e o fim de todas as coisas.

Viva bem a Quaresma e Semana Santa

Para bem viver o período da Quaresma e também a Semana Santa, preparamos conteúdos especiais sobre o caminho trilhado por Jesus, o Ressuscitado que passou pela Cruz.


SEMANA MAIOR
Como viver a Semana Santa?

Iniciamos, no Domingo de Ramos, mais uma Semana Santa com a entrada triunfal de Jesus na cidade de Jerusalém. Aí começa uma nova fase na história do povo de Israel, quando todos se voltam para a cena da Paixão, Morte e Ressurreição de Jesus Cristo.

Imagem Ilustrativa, Fonte: Internet.

A Semana Santa deve ser um tempo de recolhimento, interiorização e abertura do coração e da mente para o Deus da vida. Significa fazer uma parada para reflexão e reconstrução da espiritualidade, essencial para o equilíbrio emocional e a segurança no caminho natural da história de vida com mais objetividade e firmeza.

Lembramos, na Semana Santa, que as dificuldades não são para nos fazer desistir.

As dificuldades encontradas não são fracasso nem caminho sem saída; elas nos levam a firmar a esperança na luta por uma vida sem obstáculos intransponíveis. Foi o que aconteceu com Cristo, no trajeto da Paixão, culminando com Sua morte na cruz. Em todo o caminho, Ele passou por diversos atos de humilhação.
A estrada da cruz foi uma perfeita revelação da identidade de Jesus. Ele teve de enfrentar os atos de infidelidade e rebeldia do povo que estava sendo infiel ao projeto de Deus, inclusive sendo crucificado entre malfeitores. Jesus partilha da mesma sorte e dos mesmos sofrimentos dos assassinos e ladrões de sua época.

Associar ao sofrimento de Cristo

Na Semana Santa, devemos associar ao sofrimento de Cristo o mesmo que acontece com tantas famílias e pessoas violentadas em nosso tempo. Podemos dizer da violência armada, dos trágicos acidentes de trânsito, das doenças que causam morte, do surto da dengue, dos vícios que ceifam muita gente etc.
Jesus foi açoitado, esbofeteado, teve a barba arrancada, foi insultado e cuspido. O detalhe principal é que nenhum sofrimento O fez desistir de Sua missão nem ter atitude de vingança. Ele deixou claro que o perdão é mais forte que a vingança.

Devemos aprender com Ele e olhar a vida de forma positiva, sabendo que seu destino é projetado para a eternidade em Deus.

Dom Paulo M. Peixoto, Arcebispo de Uberaba (MG)

Fonte: Formação Comunidade Católica Shalom, em https://www.comshalom.org/a-semana-santa-simbolos-e-significado/, consultado em 13 de abril de 2019, as 18:00.
Formação Comunidade Católica Canção Nova, em https://formacao.cancaonova.com/liturgia/tempo-liturgico/quaresma/como-viver-a-semana-santa/, consultado em 13 de abril de 2019, as 18:15.

sexta-feira, 8 de março de 2019

Eis o tempo propício: Tempo da Quaresma - O que nos ensina a Palavra de Deus sobre este tempo de graças!

Tempo da Quaresma
Imagem: Internet
“Eis o Tempo de Conversão, eis o dia da salvação, ao Pai cantemos, juntos exaltemos, eis o tempo de conversação”

Este canto resume o Tempo da Quaresma e também nos aponta o caminho espiritual que devemos trilhar para bem viver este tempo e colher suas bênçãos e frutos! Para ajudar melhor viver este Tempo, trazemos uma breve reflexão sobre as três práticas chaves, recomendadas, sobretudo, neste tempo, mas que não deve ser praticadas só durante estes 40 dias, dado o significado do número 40 que você irá encontrar neste artigo. Boa Leitura!

O número 3 é um número simbólico recorrente várias vezes na Bíblia: três são as pessoas da Santíssima Trindade, três são as maiores virtudes (esperança, fé e caridade), três são os anos de ministério de Jesus, três são os dias que Jesus permaneceu na morada dos mortos, ressuscitando ao terceiro dia! Na Natureza, naquilo que Deus criou, vemos a predominância do número 3, características próprias dadas pelo seu Criador que é trino: na música: harmonia, ritmo e tempo; na física: altura, dimensão e profundidade; no tempo: passado, presente e futuro e assim por diante.
Também são 3 práticas principais que a Igreja nos recomenda na Quaresma: ORAÇÃO, JEJUM e CARIDADE! Neste texto iremos estudar e meditar sobre cada prática.

ORAÇÃO
Leia Lucas 4, 1-13 e texto complementar Marcos 1, 12-13.

Constantemente podemos nos esbarrar com este pensamento, "vocês só ficam na Igreja rezando, não trabalham não? Não se divertem?", são pessoas que acreditam que a oração seja uma perca de tempo. Para entender a importância da oração recorramos ao texto do Evangelho que estamos refletindo. Um primeiro elemento/símbolo dado é o DESERTO onde Jesus fica 40 dias. Assim, o Evangelho recorda a travessia do povo de Israel no deserto após ser liberto da escravidão do Egito. As Sagradas Escrituras nos diz que o Povo sob a liderança de Moisés levou 40 anos para fazer esta travessia do Deserto. Deserto significa a ausência de vida, a aridez de nossa vida, as dificuldades, simboliza também o silêncio ou retiro. Retiro é um tempo de reflexão, um momento de pararmos e refletir sobre nossa vida, como estamos vivendo? O que estou fazendo de certo ou errado? As decisões que estou tomando ou devo tomar? Aí o significado da QUARESMA.
Vejamos, aqui nos é apresentado outro símbolo, o número 40, que como os 40 anos ou 40 dias representa o tempo de Deus que é o Kairós - 1 dia pode ser 1 ano para Deus, como mil podem ser apenas 1 segundo. Também simboliza a TOTALIDADE ou o TODO, portanto, significa dizer, no caso de Jesus que em TODA a sua vida Ele foi tentado! Não quer dizer que apenas ele foi tentado no tempo em que ficou no deserto! Também, significa que basta este exemplo para falar de toda a sua vida, por exemplo, quantas coisas um escritor fez em sua vida, mas ele é recordado muitas vezes por um livro que escreveu.
Também nós somos tentados pelo pecado em toda a nossa vida. O Bom Jesus, se fez um como como nós, viveu como nós, se submeteu à condição humana para nos deixar o exemplo, contudo, o que nos difere do Mestre é que Ele não cometeu pecado nenhum!
A totalidade do número 40 associado ao símbolo do deserto recorda que toda a nossa vida deve ser este deserto, uma travessia, como a caminhada do Povo de Israel. Significa que toda nossa vida deve ser está reflexão, este retiro espiritual. Portanto, falar de Oração não significa falar apenas do Pai Nosso, da Ave Maria, de levantar as mãos, de ajoelhar-se, significa também que nossa vida deve ser uma constante oração/oblação para vencer os pecados que no Evangelho lido são três, aqui a referência novamente ao número 3.
Veja a palavra ORAÇÃO é a junção de dois radicais: ORAR + AÇÃO. A vida começa com a oração, passa pela oração e termina com a oração, ela deve ser toda Oração. Quantas vezes acordo, me levanto, passo todo o meu dia e depois vou dormir sem fazer minha oração, falar com Deus? É estranho um cristão que chama Deus de Pai e não ter esta intimidade com Ele, é a mesma coisa que um filho que mora com o pai sair de casa voltar e não falar nem um "oi" para ele. Oração é falar com Deus, amizade com Ele. 
Sabe porque muitas vezes não alcanço a vitória? É porque não rezo, não falo com Deus, tomo uma decisão sem parar para pensar, não coloco Deus à frente! Quando você vai fazer alguma coisa, qual é sua primeira atitude?
Como sugestão, sugerimos a você, ao acordar rezar a Oração do "Vinde Espírito Santo", desta forma começar assim o seu dia. Esta era um prática do papa São João Paulo II, um conselho de seu pai quando ele era uma criança.
Para encerrar esta parte, analisemos um trecho de uma música, já que falamos de deserto, Povo de Israel, se você souber cante: 

"Também sou teu povo, Senhor, e estou nesta estrada/ Somente a tua graça me basta e mais nada".

JEJUM
Leia Mateus 6,1-18.

Jejum também conhecido como sacrifício ou penitência é prática antiga, encontramos exemplos já no Antigo Testamento, como o profeta Elias, em São João Batista e entre os primeiros cristãos.
É recorrente escutar de muitos católicos: "Deus não quer sacrifícios e sim a misericórdia". Deus não pode contradizer a tua palavra. Desculpe-nos dizer, mas o católico que pensa e age assim está dando uma desculpa, é o cristão de conveniência, ou seja, fazer ou que é conveniente, aquilo que "me convém", "que gosto de fazer". Nada de esforços. Será que estou agindo certo, como bom católico? Católico que usa este versículo "Deus quer a misericórdia e não o sacrifício" de forma incorreta, para justificar uma tibieza, um conforto espiritual, não compreende o que o Mestre nos quer ensinar.
Muitos levam a oração apenas para o lado do pedido e da intercessão, abusando até muitas vezes, só lembrando de pedir, deixando de fazer sua parte! Quantos usam Deus como amuleto mágico, como o gênio da lâmpada apenas para atender os seus desejos, vontades e pedidos. É aí que mora a raiz da descrença e do abandono. Se Deus faz o milagre tudo bem, mas se não faz é fanfarrão, não existe. Lembra-te da passagem do Evangelho que Jesus foi levado a presença do rei Herodes e este lhe pediu um milagre para ele ver, como se Jesus fosse estes mágicos que apresentam seus números em shows apenas para entretenimento, fazendo disso um espetáculo. Como atualmente, nós vemos estes espetáculos! Recordemos as palavras do Divino Mestre: "Está geração adúltera e perversa pede um sinal, eu lhes digo: não será dado outro sinal do aquele do profeta Jonas".
Vejamos o que nos testemunha o missionário Lux et Pax  Raphael Araújo: "sou  católico apostólico romano, mas foi com uma irmã evangélica que aprendi o valor do Jejum! Ela me disse: 'quer alguma coisa? Quer alcançar uma bênção? Dobre o seus joelhos, reze e faça jejum!'. Não é qualquer oração, é uma oração fervorosa, não aquela que multiplica as palavras, mas que é espontânea e que nasce no coração. Não estou aqui discutindo qual denominação cristã é a verdadeira ou não e sim a experiência de fé dos cristãos. Se sou católico e escutei uma evangélica, sendo que isto se aprende já na minha igreja é assunto para outra conversa, aliás prefiro ficar com a frase do Pe. Zezinho, scj: 'Meu irmão que reza diferente, mas que tem a mesma fé no Deus Verdadeiro' e que por isso posso aprender, mesmo nas diferenças, com o testemunho e experiência de vida de cada cristão."
Parece que se está repetindo o tema oração, mas oração e jejum andam juntas, o jejum é o complemento de oração. Devemos aprender que a oração e o jejum são aliados para poder se vencer a batalha espiritual. Sim, trata-se de uma guerra, a oração e o jejum são nossas armas O jejum é a espada e a oração é o escudo! Não se trata de uma guerra contra homens e sim uma guerra espiritual e, a fé é o alimento e base desta oração e jejum. 
Vania uma mãe católica, deu este testemunho um dia: "minha filha que é evangélica, pode frequentar uma igreja que não concordo de ela ir lá, mas ela me surpreende com sua fé, todos os dias de manhã ela ora de joelhos ao pé da cama, fervorosamente e muitas vezes fala palavras de fé, como esta: 'Deus vai fazer'".
A oração é alimento espiritual, com ela nos alimentamos da Palavra de Deus, ou seja, escuto o que Ele me diz e também respondo quando falo com Ele. Já o jejum nos ensina o valor do sacrifício. Se Deus atende alguns de nossos pedidos devemos render ação de graças, mas se Ele não nos atende, devemos ser maduros suficientes espiritualmente, assim adquirimos sabedoria na vida!
Vejamos o exemplo de Moisés: enquanto o exército de Israel sob o comando de Josué combatia o exército de Amalec, Moisés com as mãos levantadas intercedia pelo seu exército. Enquanto ele mantinha as mãos levantadas o seu exército vencia, mas quando ele as abaixava era o oponente que vencia. Foi então que colocaram pedras debaixo dos braços de Moisés para apoia-los e assim o exército de Israel venceu. Moisés rezava e os braços levantados era o sacrifício. Este trecho nos fala da constância, da insistência e nos recorda outra passagem: os apóstolos rezavam incessantemente com Maria e foi assim que eles receberam o Espírito Santo. Se queres alcançar alguma coisa, lembra do que nos ensina Jesus em Marcos 9, 14-29.  Aqui um ensinamento de Santa Teresa de Calcutá nos ajuda muito: "se acreditas que rezou o suficiente, reze mais".
Nossa Senhora em suas aparições recomendou o sacrifício, no caso de Fátima, ela recomendou fazer penitência, no entanto, teve o cuidado materno de pedir a São Francisco Marto, um dos pastorinhos videntes, que não exagerasse. Deus não pede nada além de nossas capacidades físicas. Um sacrifício é como uma dieta, como exercícios físicos para emagrecer, mas não podemos exagerar, fazer conforme suportamos. Deus não quer que nos machuquemos, mas não significa que não devemos deixar de fazer o jejum, isto é muito importante de se dizer, não significa deixar de praticar o jejum! Quando falarmos de Caridade/Esmola vamos entender o versículo citado anteriormente: "Quero a misericórdia e não o sacrifício", Deus nos recomenda o jejum, mas do que adianta o jejum se não agimos com amor e misericórdia?
Lembremos que o Mandamento da Igreja nos pede a abstinência de carne na quarta-feira de Cinzas e na Sexta-feira Santa! Durante alguns dias da Quaresma, como as quartas e sextas será bom também fazer esta abstinência.
O jejum significa os sacrifícios cotidianos de cada dia, oferecer nossas dificuldades cotidianas é uma forma de jejum. O sacrifício é fazer a vontade de Deus, não a minha vontade, não aquilo que me convém, aquilo que acho certo ou gosto! Significa também o arrependimento sincero do coração, a conversão dos nossos pecados, mudança de vida, ir até o sacerdote e confessar nossos pecados, nos arrepender deles e mudar de vida! Ir na Igreja e participar  do Sacrifício da Santa Missa é um sacrifício da nossa parte, é fazer a vontade de Deus. Nesta quarta-feira o símbolo desta penitência e mudança de vida são as cinzas.
Mas fazer jejum não significa motivo de tristeza. Depois do carnaval, alguns vê a Quarta-feira de cinzas como nostalgia, dia de luto, ressaca. Jesus é quem preenche o vazio interior que carnaval e alegria do mundo nenhuma consegue preencher. Ele é a verdadeira felicidade, pois Ele é a própria felicidade que procuramos. Veja o que nos diz o Evangelho que estamos meditando: "quando fizeres jejum, não vos apresentai com o semblante triste, pelo contrário põe a melhor roupa e passa perfume na cabeça". Isto significa também dizer que diante das dificuldades da vida não devemos ficar com o semblante triste, reclamar dos problemas, pelo contrário.
Sorrir enquanto se está triste? Louvar a Deus pelas dificuldades? Sim, São Paulo nos ensina: "Alegrai-vos em todas circunstâncias, repito: Alegrai-vos". A oração de louvor e agradecimento nos ensina muito e é de grande poder. Santa Tereza de Calcutá não permitia que nenhuma de suas irmãzinhas saísse do convento para a missão sem ter um sorriso no rosto!
Não podia terminar sem falar do maior sacrifício que nos dá vida e salvação: a Morte de Jesus na Cruz. Nestes dias que antecede a Páscoa o convidamos você olhar com devoção para o crucifixo.
Sugestões de sacrifícios para esta Quaresma que nos ajudará a ver que jejum não se faz somente na Quaresma: desligar um pouco a televisão, durante o programa favorito para rezar; recitar o terço de Nossa Senhora; rezar a Via Sacra; 15 minutos de adoração diante de Jesus Sacramentado; procurar o sacerdote para uma boa confissão; praticar uma obra de misericórdia (ler próximo paragrafo falando sobre a esmola); não contar mentiras ou fofocas e tantos outros jejuns.

ESMOLA
Leia Mateus 25, 31-46 e texto complementar Mt 6, 1-4.

Esmola também conhecida como Caridade ou Obra de Misericórdia, vejamos do que se trata.
Se você leu as últimos dois capítulos em que falamos sobre as práticas da Quaresma, Oração e Jejum, irá perceber que conforme se foi desenvolvendo a reflexão houve como que uma repetência dos assuntos, enfatizando desta forma que o tripé de prática espiritual para a Quaresma - Oração, Jejum e Esmola - estão uma relacionada com a outra, uma complementado a outra, quase que se misturando, apesar de formar um todo, cada qual apresenta suas particularidades que se somam as particularidades das outras.
Esmola para alguns tem uma conotação negativa, ou seja, trata-se aqui de subestimar o sentido desta prática. Relacionamos esmola como resto, como algo indigno. Há aqueles que pensam que basta apenas dar esmola aos pobres para assim poder entrar no céu.
Primeiramente, devemos lembrar que esmola, trata-se de uma ajuda aquele que necessita. Não é apenas ajudar materialmente, vai além. Jesus pede no Evangelho que demos preferência, principalmente, aos pobres. Se levarmos em conta a questão do dinheiro, veremos que quem precisa de esmolas é o pobre. Porém, se esmola vai além do quesito material, então entendemos que também o rico precisa de nossa esmola. Quantos ricos não precisam de uma escola espiritual? 
Para entender melhor, vejamos o que o Papa Francisco nos ensinou: "a Igreja Católica não é uma ONG e os cristãos católicos não são voluntários!" A esmola aqui não deve ser subentendido apenas como assistencialismo, esmola é um gesto de caridade e caridade não é "fazer caridade", mas amar! Aqui o sentido da  esmola: o Amor! Caridade vem da palavra em latim "caritas" (lê-se cáritas) significa amor, bondade, compaixão, indulgência, perdão, já a palavra em latim vem do grego e neste idioma tem um significado especial: graça, ou seja, dar esmolas ou fazer caridade ao próximo como nos ensina os Santos Evangelhos é amar que é uma graça de Deus!
Para uma palavra quero chamar tua atenção: COMPAIXÃO, com+paixão, paixão é dor, sofrimento, quando falamos de compaixão estamos querendo dizer de sentir a tristeza, a dor do outro, sofrer seu sofrimento, ajudá-lo a passar por isto, ajudá-lo a carregar a sua cruz.
Observe que caridade, voltando ao tema jejum, também pode ser subentendido como um ato de sacrifício: amar o próximo, que pode ser de vários modos, visitar um família carente, um idoso, ajudar as vítimas de uma tragédia, dar conselhos, também orar pelos que fazem o mal, perdoar aqueles que nos ofenderam, apenas para citar alguns exemplos. A esmola, portanto, é um gesto concreto de oração e jejum, pois "do que adianta a fé sem as obras?" (cf. São Tiago, apóstolo e Santo Antônio de Pádua).
Também costumo dizer que caridade, agir de compaixão, é se fazer "fraco com os fracos" (São Paulo, apóstolo), mas isto não significa rebaixar sua dignidade, é questionável, por exemplo, se fazer morador de rua para ajudar um morador de rua, se não tenho dignidade, como vou dar dignidade ao outro? É como dois cegos, um não pode conduzir o outro. Devo sim me fazer amigo dos necessitados, mas para ajudá-los a se levantar.
Depois de dizer tudo isso vamos chegando a conclusão que dar esmola não pode se resumir a dar esmola por dar, ajudar apenas financeiramente, mas dar dignidade, ajudar o próximo se levantar. Bom seria você ler a Parábola do Bom Samaritano (ver Lc 10,25-37) para melhor assimilar o que estamos vendo. Cuidado com muitas noções de cunho da doutrina espírita que diz que fazer caridade é para alcançar a purificação individual, o Evangelho que estamos estudando contradiz este conceito, o que a mão direita faz a esquerda não fique sabendo. Não entraremos no céu sem ajudar o próximo a se levantar. Nosso passaporte para o céu é o irmão que ajudamos, entraremos no céu se estivermos de mãos dadas com o próximo, é a espiritualidade da cruz: uma cruz tem duas hastes, uma na vertical outra na horizontal, a vertical lembra o relacionamento do homem com Deus e a horizontal do homem com o seu semelhante! Também recorda aquilo que meditamos na quinta estação da Via Sacra a ajuda do Cirineu a Jesus levar a cruz!
Quantos sacrificam suas vidas para fazer o bem, ajudar o próximo. Em tempos tão difíceis, em que nos deparamos com tantos atos de ódio e mal, que estes grandes heróis da fé nos ajude a resgatar a esperança, que vale a pena fazer o bem, que no meio de um mundo cheio de exemplos de maldade podemos também fazer o bem, pois o bem sempre triunfará, afinal.
Esmola é por em prática, como ato concreto, o mandamento que nos pede: "Amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a ti mesmo"!
Como gesto concreto de caridade, a Igreja do Brasil nos propõe a Campanha da Fraternidade (CF), que neste ano trata sobre políticas públicas. Todos participamos deste processo político e com uma boa política pública construímos um país melhor para todos. Peçamos então a Nossa Senhora da Conceição Aparecida, padroeira do Brasil, que nos auxilie a entender o tema da CF deste ano e nos ajude a viver melhor esta Quaresma para que produza frutos na nossa vida, frutos que ajude nossa comunidade eclesial e as pessoas dispersas pelo mundo.

Cantemos: "Prova de amor maior não há, que doar a vida pelo irmão..."

Que em tudo seja o Bom Deus Glorificado!
Deus a/o abençoe!

segunda-feira, 25 de fevereiro de 2019

Meditação e Partilha da Palavra – Pão Nosso de cada dia, nosso alimento Espiritual

6° Semana do Tempo Comum - Ano C - Lucas

Paz do Bom Jesus e o Amor de Maria!

Hoje iremos relembrar as leituras que marcaram o ritmo dos dias da 6° Semana do Tempo Comum, tendo como base a leitura retirada da Carta de Hebreus, 1° leitura do último sábado, 23 de fevereiro.
Reserve um tempo para este estudo da Palavra de Deus e Oração, se possível acenda uma vela, prepare seu oratório, sugerimos você fazer anotações no seu Diário Espiritual, escrevendo aquilo que você achou mais importante e que Deus lhe falou.
Leitura Bíblica: Hebreus 11,1-7.
A leitura de Hebreus encerra o ciclo de leituras que nesta semana meditou o livro do Gênesis dos capítulos 4–9, mas precisamente até o capítulo 11. Estamos vivendo o primeiro ciclo do Tempo Comum deste ano de 2019, que irá até o início do Tempo da Quaresma, que será celebrada na próxima semana com a quarta-feira de cinzas.

Caim e Abel
Imagem: Internet
Nestas leituras de Gênesis relembramos ou (conhecemos) a História de Caim e Abel, o primeiro assassinato, onde recordamos as tantas cenas de violência que acompanhamos estarrecidos no noticiário, sem se esquecer daquelas que não se tornam pauta no jornalismo. Nota-se, infelizmente, que cada vez mais o homem esta afastamento Deus do seu coração, podemos escutar em cada clamor do sangue de tantos Abel(s) do dia de hoje o quanto o homem esta perdendo a humanidade e a caridade para com o seu próximo, resultado de uma cultura de violência que se baseia e alimenta no egoísmo e na ganância de poder, dinheiro, status. O ser-humano é tratado quase como que nada. Esta cultura de medo e violência precisa ser exorcizado. É tempo de voltar ao primeiro amor. É tempo de oração! Precisamos de mudanças drásticas, como por exemplo, educar bem os jovens, dever de cada pai, mãe, educador. E não custa repetir, regado com uma boa dose de temor à Deus e oração!
Depois pudemos acompanhar a trama da história de Noé. O
Arca de Noé e o Dilúvio
Imagem: Internet.
pecado entra e toma conta do mundo e por isso Deus manda o Dilúvio. É preciso entender que o Bom Deus em nenhum momento quis destruir a humanidade e nem a criação e sim o pecado, ou seja, lavar com a água do Dilúvio a Criação corrompida pelo pecado e dois símbolos se destacam neste relato: a arca onde a vida é preservada, hoje a arca é a Igreja e a água do dilúvio que faz alusão ao nosso batismo. Pelo Batismo cristão nós somos lavados de nossos pecados e nos tornamos membros da comunidade cristã e filhos adotivos de Deus.
Encerramos a semana lembrando a Cátedra de Pedro, ou seja, a base de nossa fé. A leitura da Carta aos Hebreus aqui destacada relembra a fé dos nossos antepassados atestada por “um bom testemunho” (v. 2). É pela fé que entendemos como o universo, da qual fazemos parte como criatura, foi criado e “organizado por uma palavra de Deus” (v. 3). O texto ainda destaca a fé de alguns personagens: Caim e Abel (v. 4), Henoc (v. 5) e Noé (v. 7).
Frase bonita que merece ser destacada, é a que diz: “as coisas visíveis provêm daquilo que não se vê” (v. 3) com a qual podemos fazer a seguinte reflexão individual e pessoal: como esta a minha fé? Não podemos ver Deus, mas podemos o sentir “aquilo que não se vê”.
“A fé é um modo de já possuir o que ainda se espera” (v. 1). Peçamos a graça a Deus de renovar a nossa fé, pois ela (a fé) não é um sentimento ou algo que provêm do coração humano e sim de Deus. A fé é uma virtude destacada ao lado lá esperança e da caridade e nos ensina o Apóstolo São Paulo que a Caridade é o dom maior, por exemplo, um filho quando está no erro, sua mãe não desiste de rezar por ele, mesmo que ainda o mundo e todos digam para ela que seu filho não tem mais jeito, a fé desta mãe pode até esmorecer, mas o seu amor pelo seu filho é maior e por isso ela não deixa de crer e rezar pela sua conversão. Por isso, que dizemos antes: precisamos voltar ao primeiro amor e devemos fazer isto olhando para um norte que é Deus e quem nos aponta este norte é São Pedro. Pedro é quem confirma a nossa fé (cf. Lc 22,31-32).
Cátedra de Pedro
Imagem: Internet
Queremos agora convocar a todos a rezarem pelo ministério petrino do nosso Papa Francisco, nosso pastor e capitão do nosso barco. Humilde, atual e urgente foi sua atitude em convocar na última semana os bispos para tratar de um assunto tão delicado: o abuso de menores por membros da Igreja. Enquanto vemos o mundo bombardeando por todos os lados nossa Igreja, Pedro numa posição firme continua a confirmar nossa fé, ato profético de pedir perdão e tomar decisões claras que orienta o barco para o norte, apontando o caminho a seguir, “as portas do inferno não prevalecerão” pois é a “minha Igreja” é Cristo quem nos diz. E é sobre Pedro, a pedra angular de nossa fé, que nossa Igreja foi edificada (Mt 16,18). Ela, além de tudo, é assistida pelo Espírito Santo.
Oremos pedindo a renovação de nossa fé, dizendo como aquele pai do Evangelho que tinha um filho atormentado por um espírito mudo: “Eu tenho fé, mas ajudai a minha falta de fé” (Mc 9,24). Peçamos também pela nossa Igreja, pedindo a intercessão de Nossa Senhora! Não sintamos vergonha da nossa fé, não tenhamos vergonha de ser católicos!

OrAção
Comece invocando o Espírito Santo, abrindo-se a sua ação e se esvaziando de tudo aquilo que o destraí, depois num tempo de silêncio sinta a precenca de Deus e deixe o Espírito Santo ir fluindo no seu coração.
Peça ao Bom Jesus o dom da fé, ele nos prometeu que quem tiver a fé do tamanho do grão de mostarda é capaz de mover montanhas, também nos ensina que quem bate à porta a porta se abrirá.
Nem só de pão viverá o homem,
mas de toda a Palavra que procede da boca de Deus.
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Reze como aquele pai do evangelho que tinha um filho com espírito mudo:  “Eu tenho fé, mas ajudai a minha falta de fé”.
Peça ao Senhor que cure sua fé, que ele renove e restitua a sua fé. Peça ao Senhor um avivamento de sua fé no Santo Espírito. Peça que o Senhor cure dos seus medos, desconfiancas, decepções, de tudo aquilo que possa atrapalhar a sua fé.
Lembre-se de alguns personagens da Bíblia, como: Abraão, Davi, a mulher que foi curada do fluxo de sangue, Pedro e tantos outros... reze com estas palavras: "Senhor eu creio, mais aumentai a minha fé"... Vai pedindo a graça de uma mudança de sua fé com as suas palavras... Peça uma fé mais viva, mais confiante, sem timidez...

Termine professando a sua fé, rezando: Creio em Deus...
Pai Nosso... Ave Maria... Glória ao Pai...
Reze uma Ave Maria pelo Papa emérito Bento XVI e o Papa em exercício Francisco e pela Igreja.

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